Tim Lopes- Dom Phillips - Bruno Pereira e o jornalismo investigativo no Brasil
MUNDO NEWS
Publicado em 13/06/2022

Vinte anos após  Tim Lopes ser assassinado  no Rio de Janeiro por uma investigação  de abusos de menores e tráfico de drogas no complexo do Alemão, temos mais um caso de investigação  jornalista interrompida no nosso país. A investigação sobre pesca e extração  de madeira  ilegal  na região  de Atalaia do  Norte no Amazonas.

Desta vez, os  jornalista britânico  Dom Phillips  e o indígena  servidor Federal  licenciado  da Funai  o qual também dava suporte  ao  União  dos Povos Indígenas  do Vale do Javari - UNIJAVA.  Bruno Pereira.

Teria sido  um simples acidente,  ou a quem eles dois estaria incomodando?
Assim como  30 milhões/drogas/mês   circulam no Rio de Janeiro,  85 % das reservas indígenas são  alvos de invasão (dados do ano 2000).  Os indígenas Brasileiros  são  alvos fáceis (apesar de lutarem heroicamente) de garimpeiros,  pescadores, caçadores,  madeireiras, posseiros ,  cortadores de estradas,  ferrovias,  linhas de transmissão e  até de inundações de terra causa por usinas hidroelétricas. 
Uma missão  árdua  para a nossa  União,  Estados e municípios.  
 
As forças armadas  brasileira  foram em busca das vítimas, uma mobilização  nacional se formou, mas as vidas que importam não  existem mais. 
 
Mas, vale ressaltar  que o município de Atalaia do Norte é mundialmente conhecido por abranger grande parte da Terra Indígena Vale do Javari, a qual é a maior reserva de índios isolados do mundo, além de ter sido o local de uma das maiores quedas cósmicas da história moderna, que ficou conhecida como Evento do Rio Curuçá.
 A investigação  a qual levou os jornalista britânico Dom Philips e o indígena Bruno Pereira  teve com certeza um braço  que não  permitiu a conclusão do trabalho. 
 
Também  vale lembrar  que quatro dos assassinos  de Tim  Lopes -  20 anos após  o crime -  ainda estão soltos.
 
Bryan Landry conta que, em 10 de janeiro de 2020, o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos (FWS), órgão de controle ambiental americano e que atua como o Ibama no Brasil, deteve para inspeção três contêineres de madeira exportados do Brasil. O material seguiria para o Porto de Savannah, na Geórgia. Durante a fiscalização, os americanos notaram que o material não detinha a documentação prevista que era dada pelo Ibama. Por isso, pediu confirmação ao órgão brasileiro...
 
Será  mais um caso que ficará  somente na  memória  daqueles que sofreram com a perda dos seus colegas de trabalho  e dos seus entes queridos. 
 
Eunice Espinola 
Jornalista WRSB. 
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