Honduras, um dos países mais violentos do mundo, é um pesadelo para as mulheres. Meninas de 12 anos são forçadas a manter gestações decorrentes de estupros, enquanto centenas de mulheres são abusadas todos os anos. Mas as coisas podem estar prestes a mudar.
A primeira mulher presidente do país, Xiomara Castro, acabou de tomar posse e pode estar a apenas uma assinatura de revogar a assustadora proibição aos contraceptivos de emergência -- uma proibição que aprisiona mulheres desesperadas, inclusive sobreviventes de estupros, em gestações indesejadas e perigosas.
Honduras é o único país da América Latina que proíbe a pílula do dia seguinte -- mas a nova presidente prometeu legalizá-la, e tudo o que ela precisa é do apoio público massivo para cumprir essa promessa. Ela está sob forte pressão, por isso nós precisamos apoiá-la para que ela garanta os direitos das mulheres.
A violência contra as mulheres é uma das violações aos direitos humanos mais disseminadas em todo o mundo. Cerca de 35% das mulheres ao redor do globo já sofreram violência física ou sexual, tanto de parceiros íntimos quanto de terceiros. Essa situação é ainda pior em Honduras.
Em 2017, mais de 80% das mulheres grávidas atendidas pela organização Médicos Sem Fronteiras em Honduras afirmaram que a gravidez havia sido fruto de estupro. Mas podemos ajudar a pôr fim a essas gestações violentas -- e a presidente Xiomara Castro está a uma assinatura de fazer isso.
Na mesma data em que o mundo celebra o Dia Internacional das Mulheres, a presidente Xiomara Castro entende que seu maior compromisso é dar prioridade à segurança, proteção e dignidade das mulheres. Um primeiro passo pode ser legalizar os contraceptivos de emergência e, depois disso, tratar das diversas outras questões cruciais para garantir os direitos das mulheres.
Fonte: Avaaz