A formação em saúde vai muito além da técnica. Saber aplicar protocolos, dominar equipamentos ou interpretar exames é apenas parte da jornada. O verdadeiro diferencial está em como o profissional lida com o ser humano que está diante dele. Nesse sentido, a inclusão da disciplina de Bioética em todos os cursos da área da saúde nas faculdades baianas representa um avanço indispensável.

Cuidar exige consciência

A Bioética é o campo que discute valores, responsabilidades e dilemas éticos relacionados à vida e ao cuidado. Ela prepara futuros profissionais para lidar com situações complexas: desde o respeito à autonomia do paciente até as decisões sobre tratamentos de alto risco, cuidados paliativos, sigilo profissional e uso de novas tecnologias.

Mais humanização no atendimento

Ao estudar Bioética, estudantes de Medicina, Enfermagem, Odontologia, Psicologia, Fisioterapia, Nutrição e Farmácia desenvolvem empatia, respeito, justiça e compromisso social. Essa base fortalece a humanização do atendimento, tornando a relação profissional-paciente mais acolhedora, transparente e responsável.

Faculdades baianas como protagonistas

Instituições como a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Unime já sinalizam em suas matrizes curriculares a importância da ética e da bioética na formação em saúde. No entanto, ainda é necessário ampliar o alcance, garantindo que toda a rede de ensino superior da Bahia incorpore a disciplina de forma obrigatória, transversal e integrada às práticas acadêmicas.

Um investimento no futuro

A inclusão da Bioética em todos os cursos da saúde não é apenas uma questão pedagógica — é uma resposta social. Pacientes demandam respeito, clareza e cuidado humanizado. Profissionais necessitam de preparo para enfrentar dilemas éticos cada vez mais presentes na prática clínica.

Garantir essa formação é investir em uma saúde baiana mais justa, humana e eficiente.

✨ Conclusão

Incorporar a Bioética de maneira obrigatória em todos os cursos de saúde é construir um futuro em que o cuidado não será apenas técnico, mas integral, reconhecendo cada paciente como um ser humano único, digno e merecedor de atenção ética em todas as etapas do atendimento.