Aos 75 anos Antonia Nascimento mantém a tradição da Canjica na Bahia, Matriarca do Afoxe Filhos do Congo, celebra todos os anos seu Arraial.
A canjica é a alma da culinária das festas juninas, presente em nossas tradições desde a primeira metade do século XIX, possivelmente antes; o milho na brasa e a caninha também.
Os poucos ingredientes combinam-se e resultam numa tentação para qualquer asceta à mesa. A iguaria pode ser comida quente ou fria, sendo que o mais comum é seu consumo gelada. Mas como a canjica se fez presente na culinária brasileira? Veio da África, da Europa ou é coisa made in Brasil? Que história esconde o maravilhoso manjar?
A título de nota, consideremos o que dizem os “peritos” da área, os etimólogos, que investigam as origens, as metamorfoses dos vocábulos ao longo do tempo. Vale dizer, logo de início, que a origem do termo canjica é questão controversa. Não há consenso entre os especialistas sobre o tópico. Revisemos o parecer dos especialistas.
O sociólogo Gilberto Freyre (Casa grande e senzala. 48. ed. São Paulo: Global, 2003), foi um dos primeiros a se debruçar sobre a origem da canjica. Conforme ele, a canjica é prato de procedência nativa. Enquadrar-se-ia na lista das contribuições culinárias dos índios ao cardápio nacional. A canjica, ao lado da moqueca, da paçoca, do mingau, do beiju, da carne moqueada, seria uma deliciosa herança dos Tupinambá, índios brasileiros que habitavam o litoral, quando da chegada dos europeus nos começos do século 16.
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Fonte: Edson Costa